Nego Drama

domingo, 28 de novembro de 2010

Benedita da Silva se Solidariza Com Cabral por Ocupar Favelas no Rio.

Rio - As cenas de guerra transmitidas ao vivo pela TV, em que se vêem, de um lado, bandos de homens armados fugindo desesperados e, de outro, famílias inteiras querendo escapar ao cerco das forças militares apoiados por blindados da Marinha de Guerra, não foram suficientes para quebrar o silêncio dos parlamentares negros cariocas eleitos nas eleições de outubro.


Ocupação do Morro do Alemão


Tanto o ex-ministro chefe da SEPPIR, Edson Santos, quanto Benedita da Silva, ex-governadora, ex-ministra e ex-secretária de Ação Social do Estado (foto), optaram, em seus blogs, por ignorar o tamanho da tragédia humana para as milhares de famílias – a maioria das quais negras – alvo dos efeitos colaterais da guerra com o tráfico. 


Ex Governadora do RJ Benedita da Silva


A ex-governadora chegou a comentar em seu blog ter visto “aquelas imagens assustadoras da fuga de criminosos pelas matas da Vila Cruzeiro, na Penha". “Pudemos distinguir o grande número de jovens negros entre os fugitivos. Espero que esta semana tenha trazido luz à consciência das diversas entidades representativas do segmento afrodescente para que, acima das vaidades pessoais e cores partidárias, unam-se, lutem e participem verdadeiramente das ações pela igualdade racial”, escreveu, fazendo questão de se solidarizar não com as famílias, mas com seu aliado político. "Governador Sérgio Cabral, estamos juntos”, afirmou.

Quilombo

Antes de se tornar favela, a Vila Cruzeiro era reconhecida como Quilombo da Penha, formado no final do século XIX - logo após a Abolição – nas vizinhanças da Igreja de Nossa Senhora da Penha, a quem pertencia as terras de uma fazenda doadas por seu proprietário à Irmandade católica. A formação do Quilombo deveu-se a atuação de um padre abolicionista e republicano. O Santuário foi visitado pela Princesa Isabel, 18 dias antes de proclamada a Lei Áurea. 
Já o ex-ministro chefe da SEPPIR, Edson Santos, eleito com os votos majoritários de negros dessas comunidades, preferiu ser mais cauteloso: optou pelo silêncio.


Dep. Edson Santos e ex Ministro da Seppir

Rompendo o silêncio

Ao contrário da ex-governadora e ex-ministra e ex-secretária da Ação Social, que preferiu a comodidade do “aplauso” ao governador Sérgio Cabral, o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembléia Legislativa do Rio, deputado Marcelo Freixo, do PSOL, escreveu para a coluna Tendências e Debates, da Folha de S. Paulo, na edição deste domingo, 28/11, que “Não há vencedores”.

“Esse modelo de enfrentamento não parece eficaz. Prova disso é que, não faz tanto tempo assim, nesta mesma gestão do governo estadual, em 2007, no próprio Complexo do Alemão, a polícia entrou e matou 19. E eis que, agora, a Polícia vê a necessidade de entrar na mesma favela de novo”, afirma.

Freixo, que não é negro, nem tem qualquer vinculação com o Movimento Negro, acrescenta. “Tem sido assim no Brasil há tempos. Essa lógica da guerra prevalece no Brasil desde Canudos. E nunca proporcionou segurança de fato. Novas crises virão. E novas mortes. Até quando? Não vai ser um Dia D como esse agora anunciado que vai garantir a paz. Essa analogia à data histórica da 2ª Guerra Mundial não passa de fraude midiática”. 


Dep. Marcelo Freixo

Ao comentar o fato de que 99% das pessoas que habitam o Complexo do Alemão e a Vila Cruzeiro são trabalhadores negros e que as “dezenas de jovens pobres, negros, armados de fuzis, (...) em fuga pelo meio do mato” (...)“com as armas nas mãos e cabeças vazias”, (...) “não defendem ideologia” (...)“não disputam o Estado”, (...)"a maioria não concluiu o ensino fundamental e sabe que vai morrer ou ser presa”, Freixo, termina. “Quem dera houvesse, como nas favelas, só 1% de criminosos nos parlamentos e no Judiciário...”

Prá onde vão

Segundo o economista e professor do Ibmec-RJ, Sérgio Ferreira Guimarães, subsecretário da Adolescência e Infância da Secretaria de Estado e Ação Social, o tráfico, no Rio, emprega 16 mil pessoas, vende mais de cem toneladas de droga e arrecada R$ 633 milhões por ano. O total de empregos é o mesmo da Petrobrás na capital fluminense e a arrecadação equivale a do setor setor têxtil no Estado.

Segundo o mesmo estudo, o tráfico vende o equivalente a cinco vezes mais do que ao total de apreensão anual de cocaína pela Polícia Federal, em todo o país.

Em relação a mão de obra, o pesquisador utilizou estudo da ONG Observatório de Favelas sobre a participação no tráfico de jovens residentes em comunidades e projeções da polícia. Só o complexo do Alemão que está sendo invadido pelas tropas e representa a principal fonte de renda do mercado de de droga hoje no Rio, tem faturamento anual estimado em R$ 8 milhões, de acordo com a Polícia. 

Modelo da ditadura

Para o professor Luiz Eduardo Soares, ex-secretário Nacional de Segurança Pública e um dos autores do roteiro do filme Tropa de Elite 1 "o modelo policial foi herdado da ditadura. Ele servia à defesa do Estado autoritário e era funcional ao contexto marcado pelo arbítrio. Não serve à defesa da cidadania".

"A estrutura organizacional de ambas as polícias impede a gestão racional e a integração, tornando o controle impraticável e a avaliação, seguida por um monitoramento corretivo, inviável. Ineptas para identificar erros, as polícias condenam-se a repeti-los. Elas são rígidas onde teriam de ser plásticas, flexíveis e descentralizadas; e são frouxas e anárquicas, onde deveriam ser rigorosas. Cada uma delas, a PM e a Polícia Civil, são duas instituições: oficiais e não-oficiais; delegados e não-delegados", escreveu ele em seu blog.
Luiz Eduardo Soares
Segundo Luiz Eduardo "o tráfico que ora perde poder e capacidade de reprodução só se impôs, no Rio, no modelo territorializado e sedentário em que se estabeleceu, porque sempre contou com a sociedade da polícia, vale reiterar". "Quando o tráfico de drogas no modelo territorializado atinge seu ponto histórico de inflexão e começa, gradualmente, a bater em retirada, seus sócios –as bandas podres das polícias - prosseguem fortes, firmes, empreendedores, politicamente ambiciosos, economicamente vorazes, prontos a fixar as bandeiras milicianas de sua hegemonia", continou.

"Discutindo a crise, a mídia reproduz o mito da polaridade polícia versus tráfico, perdendo o foco, ignorando o decisivo: como, quem, em que termos e por que meios se fará a reforma radical das polícias, no Rio, para que estas deixem de ser incubadoras de milícias, máfias, tráfico de armas e drogas, crime violento, brutalidade, corrupção? Como se refundarão as instituições policiais para que os bons profissionais sejam, afinal, valorizados e qualificados? Como serão transformadas as polícias, para que deixem de ser reativas, ingovernáveis, ineficientes na prevenção e na investigação?", conclui.


FONTE: AFROPRESS

sábado, 27 de novembro de 2010

Mv Bill - SOLDADO DO MORRO HIGH QUALITY

Com este vídeo da para ver a real situação da CIDADE MARAVILHOSA!! O recado já era dado, mas infelizmente nossos "POLÍTICOS" preferem votar em mais presídios do que em escolas...

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vicentinho lança balão de ensaio para assumir a SEPPIR

S. Paulo - Mesmo admitindo não ter sido convidado, nem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nem pela presidente eleita Dilma Rousseff, o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, se auto-lançou para assumir o cargo de ministro chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade (SEPPIR), na sucessão do atual ministro, Elói Ferreira de Araújo.

“Ninguém falou comigo. Todo mundo comenta isso, inclusive na Câmara, mas ninguém me procurou. Eu me sinto honrado por ser lembrado e vou ajudar a presidente Dilma de qualquer maneira seja como deputado ou como ministro”, disse nesta sexta-feira (26/11) durante entrevista à Rádio ABC, ao repórter Leandro Amaral, do Diário on line, do ABC.




O balão de ensaio de Vicentinho – uma maneira incomum de políticos assumirem que disputam cargos no primeiro escalão do Governo – seria uma forma de colocar o PT na disputa pela SEPPIR com um nome de S. Paulo. Até agora, os nomes mais ventilados tem sido os do ex-ministro Edson Santos, do próprio ministro Elói Ferreira de Araújo – que teria planos de permanecer – do Secretário de Ações Afirmativas, Martvs Chagas e do Secretário-Adjunto, João Carlos Nogueira.

Os dois primeiros nomes são do Rio. Martvs é de Minas, e Nogueira, de Santa Cataria – todos do PT.

O PC do B aposta suas fichas no nome da vereadora de Salvador, Olívia Santana, mas também contaria com um nome de expressão em S. Paulo, a cantora e deputada estadual eleita, Leci Brandão.

Mantendo a imunidade

O auto-lançamento de Vicentinho faria parte da estratégia de lideranças negras de S. Paulo que perderam poder desde a queda da ex-ministra Matilde Ribeiro, de recuperar influência na SEPPIR.

Também atenderia a estratégia do PT paulista de garantir o retorno de José Genoíno à Câmara. Genoíno, é um dos acusados do mensalão e, sem mandato, perde a imunidade parlamentar. Com a ida de Vicentinho para a SEPPIR, como primeiro suplente, Genoíno não correria esse risco porque manteria o mandato.


Para assumir a SEPPIR, além de garantir o retorno do grupo de petistas negros de S. Paulo, no ostracismo após a saída de Matilde, Vicentinho, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e ex-presidente da CUT, conta com o fato de ser amigo pessoal e um dos parlamentares mais próximos do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi reeleito em outubro com 141.068 votos.
FONTE: afropress

Somos Todos Filhos da Terra

LANÇAMENTO DO PROJETO RS NEGRO PARTE III

Sátira Machado e Cláudio Rodrigues
Entregas dos Kits do projeto RS Negro
Recebendo os Kits a prof. Rosemar Lemos, Prof. Clotilde, Lisiane lemos 


Prof Ivete, Cláudia Ferreira e Diretora do IEAB

Marta, Sérgio Mattos, Giamarê e Cláudia Fereira

Prof. Roselaine e presidente da Câmara de vereadores Miltinho

LANÇAMENTO DO PROJETO RS NEGRO PARTE II

Também nessa quinta feira dia 25 foram entregues os Kits para instituições e pessoas ligadas a causa negra na cidade de Pelotas.

Aproveitando o evento e representando o Fórum do Movimento Negro, o companheiro Dilermando Freitas entregou para o presidente da Câmara e o vereador Ademar Ornel o regimento e as propostas do Fórum.

Dilermando Freitas(Odara e representante do Fórum), Presidente da Câmara de Vereadores Miltinho, Vereador Ademar Ornel e Sandro Mesquita Coordenador da Central Única das Favelas.

Prof. Beatriz Lonner e Sec de Educação,  Prof. Fernanda e Sec de Projetos Especiais, Prof. Georgina e os Vereadores Miltinho e Ademar Ornel.








LANÇAMENTO DO PROJETO RS NEGRO

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Justiça e do Desenvolvimento Social, lançou o projeto RS Negro: educando para a diversidade. A ação vem ao encontro de lei federal que estipula a inclusão da história e da cultura afro-brasileira no currículo oficial da rede nacional de ensino. Integram o kit a segunda edição do livro RS Negro: cartografias da produção do conhecimento, o vídeo-documentário Sou, a revista RS Negro, o Posterbook RS Negro, um CD de aulas RS Negro e um CD de áudios Negro Grande.

Sec. Educação Sérgio Mattos, Sec. Projetos Especiais Cláudia Ferreira, Vereadores Ademar Orne e Miltinho e a Jornalista e Coordenadora do Projeto RS Negro Sátira Machado.
" A coordenadora do Projeto RS Negro, Sátira Machado, explicou como foi a elaboração do material. "É importante destacar que, no Kit, temos um CD com aulas em PowerPoint para serem utilizadas pelos professores. Este é um trabalho de muitas mãos, que mostra a importância do negro na construção da identidade do Rio Grande do Sul e do Brasil."







quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Marcha Zumbi dos Palmares de Zumbi de Palmares a João Cândido Felisberto, 100 Anos 100 Chibata na Marinha Brasileira

É nesse sábado dia 27 de novembro a Marcha do Movimento Negro de Pelotas. Com saída as 09:00 como sempre do altar da pátria e chegada no largo Edmar Fetter por volta das 11:30.
Traga sua bandeira, suas faixas e vamos comemorar mais este dia de resistência negra na cidade de Pelotas.
A tarde terão várias atividades no Centro de Desenvolvimento do Bairros Dunas, com roda de conversas a partir das 16:00 com Professora Georgina Nunes, Maritza Freitas, Max, Carla Ávila e Jonas.
A partir das 18:00 em frente ao CDD-Casa Brasil várias atividades Culturais como Grupo Afropel/ Grupo Odara/ Cia de Dança Afro Daniel Amaro/ Theatro com Geanine/  Grupo Renovação/ Griôs/ Giamarê/ Chega de Kaô/ Unidos pelo Rap/ Banca CNR ( gravação de clip musical)/ Grupo de Pagode É Segredo + recreação infantil. Apoio e transmissão ao vivo: www.inovetv.com.br/zumbidunas
Contamos com a presença de tod@s.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pensamentos de um cabelo bom


Quando foi a última vez ou a primeira que você viu um filme africano? Não é segredo pra ninguém que o cinema é aula de cultura com imagens, cenas, linguagens e costumes daquele ou desse lugar. Somos tão ignorantes de Áfricas. Quando eu e meu filho, Juliano Gomes, hoje cineasta, mas então, com dezesseis anos, fomos a Moçambique, ele me disse, ao meio do segundo dia naquele pais. Mãe, tô com uma vergonha dos moçambicanos, eles sabem tudo de nós e eu não sei nada deles.” Tinha razão o adolescente. Fomos então os dois buscar livros imediatamente. O mesmo se deu comigo ao desembarcar em terras caboverdianas. Nunca tinha visto tanta gente com cara de parente, com jeito de gente de minha família capixaba. Lá mulato de olho verde é mato.


 Cabo Verde, hoje eu sei, se considera um pedacinho do Brasil. Isto está em suas canções e nas conversas do povo, que se assume, talvez por causa da mestiçagem, como nosso irmão.   Mas  a  ignorância brasileira sobre a história das “áfricas” ainda campeia, pois só agora a lei que garante ensino  de vida e costumes daquele continente em nossa formação  na escola começa a engatinhar.  Me preocupa e me entristece que ainda se possa testemunhar, passivamente, a estúpida ignorância que o racismo é, a fazer seu incalculável estrago. Quem me conhece sabe: não sou de gueto, não me apetece. Tudo o que faço aqui, nestas poucas linhas para tão  vasto tema,  propõe a  mistura contra o separatismo e não o contrário. Creiam-me, nas escolas, enquanto vos  escrevo, o modelo de um só tipo de beleza continua a excluir meninos e meninas negras ou mestiças que, por motivos étnicos, em geral, não são escalados nos papéis de príncipes ou de princesas. Ou seja, já na escola o menino negro é o eterno “sapo”, o vilão, o bandido. A toda hora nesse país um adolescente afro-descendente é tratado, ao contrario do que nos garante a constituição, como presumidamente suspeito. É revistado com grosseria e desrespeito como se morasse na etnia o gene do ladrão. Trata-se de um pensamento que, além de injusto é imperfeito, pois se observarmos bem, nos grandes escândalos de corrupção envolvendo políticos e sofisticados ladrões, quase não tem preto compondo essas quadrilhas. Uma vez, passeando na Lagoa, num domingo de manhã, a polícia abordou meu filho que ia na frente de bicicleta. A alegação da “autoridade”, quando eu perguntei o porquê, foi ridícula: “O cabelo dele é suspeito.”
O inconsciente brasileiro, muitas vezes sem se dar conta, nos reserva um lugar de segunda categoria. Mesmo os mais esclarecidos, que tanta falta fazem a esta causa, se atropelam no assunto. Sem se aperceberem, também esses, vão solidificando conceitos preconceituosos como o de “cabelo ruim, cabelo bom”, por exemplo. Ora, o cabelo crespo não é um sub-cabelo, não está errado nem órfão de qualidades. Ruim por que? Feriu alguém? Por acaso o crespo é o primata da estória capilar que um dia alcançará o posto de cabelo sapiens que seria o cabelo liso?Meu cabelo é bom. Desculpe-me, forçar a vossa mentalidade assim, mas é que é o mês da consciência negra e eu fui incumbida de tocar na “raiz” do problema. Precisamos impedir que se prossiga com essa lavoura de problemas, onde todo o dia se planta aos pouquinhos a semente da desigualdade. Teve festa do troféu Raça Negra na sala São Paulo homenageando Milton Nascimento, e eu ganhei o premio de melhor espetáculo. Era uma nata, uma afro-nata, digo:  Luiz Melodia, Milton Gonçalves, Sandra de Sá, Antonio Pitanga e tantos outros, que dava gosto de ver! Meu sonho é que todo cidadão, de qualquer tom, seja respeitado sem ter que ser famoso para isso. Todos os dias o preconceito desperdiça futuros cidadãos brasileiros. Portanto,  qual tem sido a vossa pegada sociológica? Ou seja, assim como na ecologia, que tipo de rastro social nosso atos deixam? Desmatar é tão predador quanto excluir, e nesta peça qual tem sido vosso papel? Não sou eu, é a justiça quem nos pergunta. Bem, o assunto continua depois;  sei que as guerras étnicas são um problema do mundo. Mas é bobo, embora tanto sangre. Pois como água, a verdade escorre entre os dedos. Ninguém segura. Do mesmo modo a terra é de todos os homens, e não há como deter essa verdade.
Texto: Elisa Lucinda

sábado, 20 de novembro de 2010

SIGNIFICADO DA CONSCIÊNCIA NEGRA!

"Ter consciência negra, significa compreender que somos diferentes, pois temos mais melanina na pele, cabelo pixaim, lábios carnudos e nariz achatado, mas que essas diferenças não significam inferioridade.
Ter consciência negra, significa que ser negro não significa defeito, significa apenas pertencer a uma raça que não é pior e nem melhor que outra, e sim, igual.


Ter consciência negra, significa compreender que somos discriminados duas vezes: -
uma, porque somos negros, outra, porque somos pobres, e, quando mulheres, ainda mais uma vez, por sermos mulheres negras, sujeitas a todas as humilhações da sociedade.

Ter consciência negra, significa compreender que não se trata de passar da posição de explorados a exploradores e sim lutar, junto com os demais oprimidos, para fundar uma sociedade sem explorados nem exploradores.
Uma sociedade onde todos tenhamos, na prática, iguais direitos e iguais deveres.

Ter consciência negra, significa sobretudo, sentir a emoção indescritível, que vem do choque, em nosso peito, da tristeza de tanto sofrer, com o desejo férreo de alcançar a igualdade, para que se faça justiça ao nosso Povo, à nossa Raça.

Ter consciência negra, significa compreender que para ter consciência negra não basta ser NEGRO e até se achar bonito, e sim que, além disso, sinta necessidade de lutar contra as discriminações raciais, sociais e sexuais, onde quer que se manifestem. "
(Raimunda Nilma de Melo Bentes, Cedenpa ).

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Nem Chá, Nem Café: Degustamos História e Cultura Negra

                                           Escola Louis Braille
                                         Apresenta

Atividade Cultural

Dia 18/11-19 horas
Ingresso R$ 3,00
Auditório Externo do Colégio Municipal Pelotense


Teatro/ Louis Braille
Grupo Amigos Para Sempre/ Louis Braille
Grupo Vocal/ Louis Braille
Grupo de Capoeira/ APAE
Grupo Nossas Raizes/ CERENEP
Grupo Olodumaré/ AFROPEL
Projeto ODARA
Cia de Dança Afro Daniel Amaro
Projeto Literário EJA/CMP
Projeto Cantando no Recreio/EMEF Dona Mariana Eufrásia

Show de Encerramento com Daniela Brizolara e Banda.



Cabe aqui dizer que o projeto " Nem Chá, Nem Café, degustamos História e Cultura negra"  foi classificado entre as trinta e três melhores práticas de todo o país, através do 5º Prêmio Educar para Igualdade Racial, organizado pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade/CEERT / São Paulo, sua execução só é possível pelo envolvimento dos professores da nossa escola, que percebem o quanto é importante e necessário trabalhar este tema. Também por estar numa seleção de abrangência nacional, ficando entre as dezesseis melhores práticas na categoria professor, onde foram escritos trabalhos de todas as regiões do nosso país, coloca a Escola Louis Braille e este projeto numa condição de grande reconhecimento.

Texto: Marielda Medeiros 17/11/2010
* Marielda é professora da Escola Louis Braille e Militante Ativista do Movimento negro de Pelotas






terça-feira, 16 de novembro de 2010

Centro Municipal de Cultura recebe exposição sobre Cultura Negra


 O Centro Municipal de Cultura Inah Emil Martensen inaugura nesta quarta-feira, às 18h, a exposição de pinturas Reflexo das Raízes Africanas.
A mostra ocorre em homenagem à Semana da Consciência Negra e foi organizada por Paulo Corrêa, fundador do Grupo de Artistas Plásticos Quilombos Urbanos de Pelotas. As obras são de autoria dos artistas Jonas Santos, José Darci Barros, Paulo Corrêa e Valdir Ferreira.

Na abertura da exposição, a comunidade poderá apreciar a apresentação do Coral Municipal Cidade do Rio Grande e do Grupo Vocal da Escola Estadual Bibiano de Almeida, sob a regência de Márcia Helena Guadagnini Granada.
Sobre os artistas Paulo Luis Silva Corrêa é autodidata, filho de um pintor automobilístico Gilberto N. Corrêa e teve contatos com as cores desde os quatro anos de idade. Criou seu mundo entre traços e cores e assim passou sua adolescência e juventude.
Entre formas e texturas, tenta expressar-se procurando retratar a realidade da etnia negra, com figuras sociais até mesmo polêmicas. Participou de várias exposições individuais e coletivas, inclusive no exterior, como o 14º Circuito Internacional de Arte Brasileira, no Chile, em Isla Negra. Foi premiado no Salão de Arte Afro do RS e homenageado por várias entidades por ter contribuído, através das artes plásticas, para a cultura negra. Desde 2002, realiza atividades como retratista e oficineiro.
José Darci Barros realizou Curso de Pintura óleo e acrílica sobre tela no Senac sobre a supervisão da Professora Iara Su Kaes Braga de 1997 a 1999. Depois, participou de várias exposições individuais e coletivas, como em 2001 na 1ª Conferência Estadual da Comunidade Negra em Caxias do Sul e, em 2009, do 14º Circuito Internacional de Arte Brasileira e segunda etapa Isla Negra no Museu Pablo Neruda - Santiago do Chile.
O período de visitação ocorre de 17 de novembro até 10 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 11h30min e das 13h30min às 18horas, com entrada franca. O Centro Municipal de Cultura está localizado na rua Marechal Floriano, 91.

fonte: jornal AGORA

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Festa reúne em espaço chique de SP elite negra do Brasil

S. Paulo - Em clima de glamour e num dos espaços mais chiques da cidade – a sala S. Paulo, a maior sala de concertos da América Latina – a elite negra do Brasil estará reunida nesta segunda feira segunda-feira, 15/11, para a festa da 8ª Edição do Troféu Raça Negra, instituído pela Afrobras – Sociedade Afrobrasileira de Desenvolvimento Sócio-Cultural, mantenedora da Faculdade Zumbi dos Palmares.


O presidente da Afrobras e reitor da Zumbi, José Vicente, destaca neste ano a presença de convidados internacionais, como a primeira dama de Angola, Ana Paula dos Santos, que será uma das homenageadas, juntamente com o cantor Milton Nascimento (foto). O Troféu e a festa tem patrocínio de grandes empresas como a Ford, a Telefônica, a Coca-Cola, e bancos como a Caixa Econômica Federal, Santander, Bradesco, Banco do Brasil e Itaú.

Por cerca quatro horas, celebridades da música (Alcione, Fafá de Belém e Margareth Menezes), do cinema e da televisão (Jeferson De, ganhador do Festival de Gramado e Sérgio Loroza), dividirão o mesmo espaço vip com autoridades como o prefeito de S. Paulo, Gilberto Kassab, o governador eleitor Geraldo Alckmin, ministros do Governo Federal, como Miguel Jorge, e do Supremo Tribunal Federal, como Dias Toffolli – dois dos homenageados da noite.

Prêmios

Além dos homenageados, nacionais e internacionais, o Troféu, que passou a ser conhecido como o “Oscar” negro brasileiro, será entregue aos escolhidos pelo voto popular que disputam as categorias de Cinema (ator e atriz), Televisão (ator e atriz), Jornalismo (apresentador (a)/repórter), Música e Teatro. A escolha feita pela Internet terminou na última quarta-feira, dia 10/11.

No comando da mega-festa, que tem início previsto para as 19h30, estarão as duplas de mestre de cerimônias compostas por atrizes e atores da TV Globo, Sheron Menezes e Paulo Betti e Deo Garcês e Maria Ceiça. Os atores Milton Gonçalves e Chica Xavier prestarão homenagem especial a Milton Nascimento, escolhido para ser o principal homenageado deste ano pelo conjunto da obra.


 
Milton, que lança o CD “...E agente sonhando”, será acompanhado por cerca de 30 músicos e compositores de Três Pontas, sua cidade natal, no interior de Minas, que com ele participam do show.

Personalidades internacionais

A primeira dama de Angola, que é presidente do Comitê Internacional para a Promoção Econômica da Mulher Rural, não será a única personalidade internacional a ser homenageada. 

Ana Paula dos Santos 1ª Dama de Angola
Também receberão o Troféu o vice-presidente de relações governamentais da American Express, David Morgan, o Reverendo Jerome King Del Pino, Secretário Secretário Geral das Instituições Metodistas no mundo, e Ken Yamada, assistente Especial da Secretaria Geral e responsável pelo Fundo Metodista de Educação Global e Desenvolvimento de Lideranças.


Veja a lista de celebridades que já confirmaram presença.

Abel Neto
Adriana Bombom
Ailton Carmo
Alcione
Aldemir Bendine (Presidente do Banco do Brasil)
Alexandre Raposo (Presidente da Record)
André Ramiro
Andrea Matarazzo (Secretário de estado da Cultura)
Antonio Pitanga
Babu Santana
Benedita da Silva
Chica Xavier
Cínara Leal
Cintia Rosa
Cris Vianna
Da Gama
Dandara de Morais
Deo Garcês
Dias Toffoli (Ministro do Supremo Tribunal Federal)
Douglas Silva
Dulcinéia Novaes
Eduardo Silva
Elisa Lucinda
Eloi Ferreira Araújo (Ministro da Seppir)
Erico Brás
Fabiana Cozza
Fafá de Belém
Fernando Bispo
Filó
Gabriel Jorge Ferreira ( Presidente do Conselho de Administração do Fundo Garantidor de Créditos)
Grupo Bom Gosto
Isabel Filardis
Izzy Gordon
Jerferson De
Jéssica Barbosa
João Carlos Di Gênio (Presidente da UNIP)
Jorge Vercilo
Josanna Vaz
Joyce Ribeiro
Juliana Diniz
Lenine
Leny Andrade
Lincoln Tornado
Luciana Camargo
Luis Antonio Pilar
Marcello Melo
Margareth Menezes
Maria Ceiça
Maria Júlia Coutinho
Miguel Jorge (Ministro da Indústria, Comércio e Desenvolvimento)
Milton Gonçalves
Milton Nascimento
Nanda Lisboa
Nando Cunha
Patrícia de Jesus
Priscila Marinho
Quitéria Chagas
Roberta Rodrigues
Robson Caetano
Rocco Pitanga
Rodrigo dos Santos
Romeu Evaristo
Ronnie Marruda
Paulo Betti
Samuel de Assis
Sergio Loroza
Sheron Menezes
Sidney Santiago
Silvio Guindane
Simoninha
Thiago Oliveira
Toni Garrido
Toni Tornado
Washington Feijão

Internacionais

Ana Paula dos Santos (Primeira Dama de Angola)

David Morgan (Vice-presidente de relações governamentais da American Express)
Dr. Jerome King Del Pino (Secretário Geral das Instituições Metodistas em todo o mundo)
Dr. Ken Yamada (Assistente Especial da Secretaria Geral e responsável pelo Fundo Metodista de Educação Global e Desenvolvimento de Lideranças)

Dois mil participam de caminhada contra intolerância religiosa

A Semana da Consciência Negra começou com um apelo pela paz e pelo respeito religioso em Salvador. Vestidas de branco, quase duas mil pessoas participaram da 6ª Caminhada Contra a Violência, a Intolerância Religiosa e pela Paz na tarde desta segunda-feira, 15, em Salvador.





A caminhada, que durou cerca de duas horas, partiu do Engenho Velho da Federação em direção à Avenida Cardeal da Silva com o objetivo conscientizar contra atos de intolerância religiosa no bairro, praticados por algumas igrejas neo petencostais. “Ele (Deus) não quer que sejamos intolerantes para com os outros”, afirmou a líder do Terreiro do Cobre e principal organizadora da Caminhada, Valnízia de Oliveira.
Segundo Valnízia, no candomblé, as tradições são passadas para as crianças, mas elas que escolhem se irão ou não seguir a religião, sem alguma imposição.
Consciência negra - Celebrado no dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra é dedicado à reflexão sobre a inclusão do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida porque neste dia, no ano de 1695, morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
* com informações de Moisés Costa Pinto, do A TARDE

domingo, 14 de novembro de 2010

14 DE MARÇO TRAIÇÃO DE PORONGOS

O dia 14 de novembro de 2010 marca os 166 anos do episódio conhecido por Traição deLanceiro.0 Porongos, que foi o massacre sofrido pelos Lanceiros Negros na Revolução Farroupilha.
Os negros (escravos) eram recrutados junto aos estanceiros (seus donos), e lutavam em troca da liberdade ao final da guerra. Ficaram conhecidos por Lanceiros Negros, por causa da bravura e dos grandes serviços prestados ao exército, formando uma “tropa de choque” farroupilha.
No final da guerra, os farrapos e os imperiais se preparavam para assinar o tratado de paz (tratado do Poncho Verde), mas discordavam num ponto: a libertação dos Lanceiros Negros. Os imperiais queriam que eles voltassem à condição original de escravos.
Nesse contexto, os líderes farrapos não encontraram outra saída para a paz, senão trair os negros que arriscaram a vida pela causa abolicionista. Os farroupilhas desarmaram as tropas de Lanceiros Negros, e os imperiais atacaram-nos de surpresa, acabando com o empecilho para a paz.
Esse fato é relatado em documentos, mas não aparece nos livros de escola. E se pouco já se fala dos negros na guerra e de seu heroísmo, em quase nada se toca no assunto da ignóbil traição sofrida por eles.
Ainda hoje, há tradicionalistas que contestam o acontecido, vociferando aos quatro ventos que os historiadores são contra a cultura gaúcha e que querem macular os heróis farrapos. Mas eles só querem, isto sim, que a verdade venha à tona, para que se possa conhecer melhor o nosso passado e a nossa história.
Farrapos
Para atenuar um pouco da culpa e fazer uma simbólica homenagem à esses heróis anônimos da Revolução Farroupilha, uma pequena área do parque Redenção (em Poa) foi denominada de Espaço Lanceiros Negros, por proposta do vereador e historiador Raul Carrion (PC do B).
Isso foi um triste episódio da história gaúcha e um desonroso final para uma revolução que tanto nos enche de orgulho. Que não sirva esta nossa façanha de modelo a nenhuma terra.



sábado, 13 de novembro de 2010

Zebra no Tênis TENISTA NEGRO GAEL MONFILS ENTRA PARA ELITE DO TÊNIS MUNDIAL

Paris - O tenista francês, negro, Gael Monfils, entrou para a elite do tênis mundial ao vencer o suíço Roger Federer, este sábado (13/11) por 2 sets a 1. Federer era o favorito e a vitória foi considerada "surpreendente" pela mídia esportiva especializada.

 
Com o apoio da torcida, o tenista francês – número l1 do ranking da ATP - chega a final do Master 1.000 de Paris, que será disputada neste domingo. Foi a primeira vitória do francês contra Federer em cinco jogos disputados.

Neste domingo, a Monfils disputa o título contra o sueco Robin Soderling, que eliminou na outra semifinal seu compatriota Michael Llodra, também por 2 sets a 1.

O confronto entre Monfils e Federer foi uma verdadeira para batalha e começou muito equilibrada. Mesmo depois de salvar três break-points, o número 2 do ranking sucumbiu à força do jovem francês, que fechou o primeiro set em 9/7.

A segunda parcial do duelo foi novamente disputada e não houve quebra de saque até o 6/6, quando Federer abriu logo 5 a 1 no tie-break e fechou em 7/1. No terceiro set, Monfils chegou a estar perdendo por 4 games a 1, mas conseguiu de forma supreendente virar o placar e fechar o jogo em novo tie-break: 7/4.

A Imprensa esportiva francesa e internacional considerou a vitória do jovem tenista negro de "surpreendente".
fonte: Afropress

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Pesquisa Ibope/Ethos expõe a desvantagem de negros


S. Paulo - Pesquisa divulgada nesta quinta (11/11) pelo Instituto Ethos de Responsabilidade Social e pelo Ibope revela que a proporção de negros no quadro funcional das 500 maiores empresas cresceu de 25,1% para 31,1% entre 2007 e 2007, porém, também expõe - especialmente nos cargos de direção e gerência - o abismo da desigualdade provocada pela herança de quase 400 anos de escravidão.

Os resultados da pesquisa "Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas e suas Ações Afirmativas - 2010", que é feita a cada dois anos, foram divulgados na Faculdade Zumbi dos Palmares, no Clube Tietê, em S. Paulo, e revelam que a presença de funcionários brancos caiu de 73% para 67,3%, porém, continua superior a mais que o dobro da de negros.


O estudo contabilizou respostas de mais de 620 mil empregados de 109 empresas, que na sua maioria, registram faturamento anual entre R$ 1 bilhão e R$ 3 bilhões. Entre as 500 pesquisadas, porém, apenas 109 – pouco mais de um quinto do total – respondeu os questionários.

Abismo

Os números revelam que o abismo maior se dá nos cargos de direção, embora tenham melhorado em 50%: o número de negros no comando das empresas que responderam a pesquisa, é de 5,3% contra 3,5% no último levantamento, em 2007.

O perfil da direção das 500 maiores Empresas brasileiras, segundo a pesquisa, continua quase que 100% branco: diretores brancos representam 93,3%, com uma queda mínima em relação a 2007, quando esse percentual era de 94%. Em cargos de gerência e supervisão a presença negra é de 13,2% e 25,6%, respectivamente.

Ausência de políticas

Em se tratando de uma população que corresponde a 51,3% da população do país, os números da Pesquisa, causaram espanto, até mesmo no presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão, para quem a desigualdade entre brancos e negros no universo corporativo deve-se a “uma forte questão cultural arraigada na sociedade e à falta de políticas de diversidade nas empresas”.

"Existe uma certa acomodação, evita-se apostar no novo, criar políticas de diversidade. A presença da mulher negra em posições executivas é de 0,5%, dado assustador", constatou Abrahão.

Mulheres

O abismo da desigualdade se estende as mulheres. Embora constituam a maioria da população brasileira, elas também estão sub-representadas. Nos quadros diretivos das empresas, a presença de mulheres aumentou de 11,5% para 13,8% desde o último levantamento, mas caiu em relação ao quadro funcional geral – de 35% para 33,1%.

“Isso revela grande discrepância: se fizéssemos seleção às cegas, tapando o nome e o sexo, considerando apenas a qualidade, a maioria das contratações seria de mulheres", avalia.

No caso das mulheres negras, continuam a ocupar as piores posições: 9,3% no quadro funcional, 5,6% na supervisão, 2,1% na gerência e apenas 0,5% no quadro executivo.

De acordo com o levantamento, entre as 119 mulheres ou entre os 1.162 diretores – negros e não negros, de ambos os sexos -, cuja cor ou raça foi informada pelas empresas, foi registrada a presença de apenas 6 negras – todas pardas.

As mulheres negras representam uma parcela de 50,1% do dotal de mulheres brasileiras e correspondem a um contingente de 25,6% de toda a população.

Parcerias

O Instituto Ethos e o Ibope fazem a Pesquisa, desde 2001, a cada dois anos e é realizada em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Este ano foi patrocinada pelo Instituto Unibanco e Phillips do Brasil com o apoio institucional da Inter American Foundation (IAF) e da Atletas pela Cidadania.

Veja, na íntegra, a Pesquisa "Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas e suas Ações Afirmativas - 2010".
http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/arquivo/0-A-eb4Perfil_2010.pdf

Negros já são a maioria da população


S. Paulo - A Pesquisa do Instituto Ethos e Ibope também mostra que o contingente de negros na população brasileira cresceu 3,1 pontos percentuais entre 2004 e 2009. Em 2004, a proporção de pretos era de 5,9%: em 2009, passou a 6,9%, com aumento de 1 ponto percentual.




A proporção de pardos era de 42,1%; passou a 44,2% com aumento de 2,1 ponto percentual. Somados pretos e pardos já são maioria no país: pularam de 48% para 51,1%, o que, em números absolutos representa 98 milhões de pessoas.

Por sua vez, a população branca, no mesmo período decresceu de 51,4% para 48,2% o que, em números absolutos, significa 92,5 milhões de pessoas.

A pesquisa também aponta dados do Anuário dos Trabalhadores editado pelo DIEESE, segundo os quais os negros (pretose pardos), formam 46,5% da população economicamente ativa e 45% da população ocupada.
Por: Redação - Fonte: Afropress - 11/11/2010