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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vicentinho lança balão de ensaio para assumir a SEPPIR

S. Paulo - Mesmo admitindo não ter sido convidado, nem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nem pela presidente eleita Dilma Rousseff, o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, se auto-lançou para assumir o cargo de ministro chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade (SEPPIR), na sucessão do atual ministro, Elói Ferreira de Araújo.

“Ninguém falou comigo. Todo mundo comenta isso, inclusive na Câmara, mas ninguém me procurou. Eu me sinto honrado por ser lembrado e vou ajudar a presidente Dilma de qualquer maneira seja como deputado ou como ministro”, disse nesta sexta-feira (26/11) durante entrevista à Rádio ABC, ao repórter Leandro Amaral, do Diário on line, do ABC.




O balão de ensaio de Vicentinho – uma maneira incomum de políticos assumirem que disputam cargos no primeiro escalão do Governo – seria uma forma de colocar o PT na disputa pela SEPPIR com um nome de S. Paulo. Até agora, os nomes mais ventilados tem sido os do ex-ministro Edson Santos, do próprio ministro Elói Ferreira de Araújo – que teria planos de permanecer – do Secretário de Ações Afirmativas, Martvs Chagas e do Secretário-Adjunto, João Carlos Nogueira.

Os dois primeiros nomes são do Rio. Martvs é de Minas, e Nogueira, de Santa Cataria – todos do PT.

O PC do B aposta suas fichas no nome da vereadora de Salvador, Olívia Santana, mas também contaria com um nome de expressão em S. Paulo, a cantora e deputada estadual eleita, Leci Brandão.

Mantendo a imunidade

O auto-lançamento de Vicentinho faria parte da estratégia de lideranças negras de S. Paulo que perderam poder desde a queda da ex-ministra Matilde Ribeiro, de recuperar influência na SEPPIR.

Também atenderia a estratégia do PT paulista de garantir o retorno de José Genoíno à Câmara. Genoíno, é um dos acusados do mensalão e, sem mandato, perde a imunidade parlamentar. Com a ida de Vicentinho para a SEPPIR, como primeiro suplente, Genoíno não correria esse risco porque manteria o mandato.


Para assumir a SEPPIR, além de garantir o retorno do grupo de petistas negros de S. Paulo, no ostracismo após a saída de Matilde, Vicentinho, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e ex-presidente da CUT, conta com o fato de ser amigo pessoal e um dos parlamentares mais próximos do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi reeleito em outubro com 141.068 votos.
FONTE: afropress

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